sábado, 29 de março de 2008

Eutanásia:

(sem correção)

É a pratica em que se abrevia a vida de um enfermo incurável ou terminar de forma controlada e assistida por um medico ou especialista.
Sua pratica não é legalizada na maioria dos países, não é raro acompanharmos pelos jornais um caso em que um paciente ou a família de um paciente recorre a justiça para interromper o sofrimento de um ente querido.
Para conseguir que isso aconteça, esbarra em vários obstáculos, como religião, ética, moral e leis, tornando ainda mais doloroso o processo da eutanásia.

"...segundo a doutrina cristã, a dor, sobre tudo a dos últimos momentos da vida, assume um significado particular no plano salvífico de Deus; com efeito, é uma participação na Paixão de Cristo e uma união com o sacrifício redentor que Ele ofereceu em obediência à vontade do Pai. Não deve pois maravilhar se alguns cristãos desejam moderar o uso dos analgésicos, para aceitar voluntariamente ao menos uma parte de seus sofrimentos e associar-se assim de modo consciente aos sofrimentos de Cristo crucificado (cf. Mateus 27:34)."

Apesar de ilegal, a eutanásia é ato freqüente e, muitas vezes, pouco discutido nas UTIs de hospitais brasileiros. A lei brasileira não prevê a eutanásia, o médico que a praticar será julgado por homicídio.
Atualmente a eutanásia pode ser classificada de várias formas:

Quanto ao tipo de ação:


Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos.
Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação irreversivel, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária, com o objetivo de diminuir o sofrimento.
Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma conseqüência indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal.
Quanto ao consentimento do paciente:
Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente.
Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente.
Eutanásia não voluntária: quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela.
Ser contra a eutanásia é condenar uma pessoa a um estado de sofrimento ao qual ela não deseja.
É condenar sua família, a sofrer por saber que o quadro em que se encontra seu ente é irreversível.
Já é hora de revermos nossos padrões religiosos e morais, para podermos realizar uma discussão seria à favor da eutanásia.

Usabilidade

domingo, 23 de março de 2008

Resposta a Michael Hirschorn


(sem correção)

Michael Hirschorn acredita e prega que a internet esta destinada ao fracasso, usa como principais argumentos que a internet não é televisão e o amadorismo dos vídeos e produções em geral colocados na rede pelos internautas, e fala que a televisão ao seguir o caminho da internet tem como dar a volta por cima, e atrair mais espectadores.
Sem duvida, sabemos o profissionalismo que envolve a mídia televisionada, conhecemos o esplendor de suas telenovelas, a competência de seus telejornais, o glamour de seus astros e estrelas, não temos duvidas do fascínio que a televisão exerce sobre nós.
A TV pode ser ágil, fascinante, pode levar uma pessoa comum ao sucesso de uma hora para outra, como acontece com o BBB, onde pessoas desconhecidas ficam confinadas em uma casa toda vigiada por câmeras, tendo sua privacidade expostas ao publico, disputando um premio em dinheiro, e acabam virando celebridades.
O que Michael Hirschorn não percebe é que apesar de tudo isso, o expectador da televisão, continua sendo expectador, continua passivo, tem apenas que ficar na frente do aparelho e ver o que lhe é imposto.
Diferente da internet, onde o expectador também é protagonista, ele pode criar um vídeo, gravar uma música e colocar-la a disposição de todos os internautas, pode interagir como outros “expectadores”, pode receber noticias na mesma hora que o fato ocorreu, pode viajar por todo o globo, satisfazer seus desejos sexuais mais perversos e fetiches mais inocentes, é uma mídia sem limites aparentes.
Por esses motivos acredito que a tese de que a internet esta para ser desbancada pela televisão não tem fundamentos, não me convence. Me parece mais um grito de uma mídia que se vê ameaçada pela primeira vez, pois ate então era a televisão que aplacava outras mídias, como fez com jornais, rádios e cinema.
Ainda vamos ver uma internet forte e diversificada, onde seu conteúdo será uma fusão de produção profissionais e amadoras, onde o espaço será de todos.

terça-feira, 18 de março de 2008

O sonho de João

(sem correção)

João acorda com o latido do cachorro no meio da noite, durante um sonho estranho, abriu a porta, e ao se sentir-se sozinho no meio da noite, não resistiu ao desejo de liberdade, e fugiu na madrugada fria.
Sabia que tinha um dia de vantagem, era o tempo que levariam para perceberem sua ausência, durante a fuga apagava seu rastro com folhas de palmeiras e com as mãos.
Ao amanhecer escalou montanhas, cruzou fronteiras e sentiu o gosto da liberdade por um instante, mas logo percebeu que tinha de continuar subindo rumo ao norte para permanecer vivo, enfrentando todo tipo de sorte, continuou seu caminho.
Em cada parada um nome diferente, Chico, Antonio, Matias, Pedro, Horácio, Tião. Desejando assim despistar o capitão do mato, que sabia ele, estava em seu encalço.
O Capitão do Mato, rastreador experiente, tinha fama de ter encontrado por volta de setecentos negros fujões, e de carregar outras sete mil mortes nas costas, estava atrás de João, obtinha uma informação aqui, outra ali, e assim foi desviando seu caminho ate rumar para o norte, à mesma direção que João tinha tomado.
Passaram-se os dias, passaram-se as noites, João na frente e o Capitão do Mato atrás, passaram serras, canaviais, brejos, descampados e matos fechados.
Mas o inevitável aconteceu, o Capitão do Mato encontrou João. Ao ver o seu algoz João sentiu frio no coração, sentiu que tinha acabado sua jornada rumo à liberdade.
O Capitão do Mato, homem ruim de expressão forte, fria, de coração sombrio, não falou nada, não perguntou nada, apenas acabou com a vida de João.
Antes de morrer, agonizando, João sentiu novamente o sabor da liberdade, e sabia que para onde ia, não Tinha Capitão do Mato que pudesse pega-lo.